quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cuidado, mulher ao volante!

Tirei minha carteira de habilitação em 2005, quando fiz 18 anos. Depois de 5 anos, resolvi pegar a estrada. Fui pra cidades próximas, mas tá valendo, né?

Primeiro fui até Apucarana. Eu e minha amiga, doida que nem eu. Foi tudo bem, a não ser pelo fato de ter furado um sinal vermelho - não vi que tinha semáforo ali! Mas não aconteceu nada, a não ser uma baita freada. Na volta, vim seguindo um carro, um colega nosso. Foi tudo bem também, a não ser pelo fato de um ônibus que vinha atrás de nós começar a dar sinal de luz, como quem diz "Ei, não vai ultrapassar? A pista tá limpa!".

A experiência foi ótima e eu me senti uma verdadeira motorista. Estando lá, coloquei o carro num estacionamento. Pra sair, tive que manobrar. Ruim é que parece que tá todo mundo olhando. Que novidade tem ver alguém que nunca manobrou dentro e um estacionamento? Oras... u.u

Para ir até Londrina, combinei com um amigo de nos encontrarmos no meio do caminho. Bom, não tão no meio assim, porque a cidade deles é praticamente dentro de Londrina. Mas tudo bem, porque a maior dificuldade é me localizar naquela cidade enorme. A estrada estava super tranquila, apesar de ser pista dupla, o que facilita um bocado. Até tirei uma foto chamada "eu_no_volante_indo_para_londrina.jpg". Ô coisa linda.


Pra estacionar foi um banzé, porque achei que meu carrinho ia caber naquela vaga. Não, não tentei enfiar o carro entre outros dois até deixá-lo como uma lata de sardinha. A vaga era na esquina, mas ficou muito perto da esquina, sabe? Mas tá, tudo bem.

Uma das coisas mais difíceis pra mim é ter que colocar almofadas pra que o banco fique alinhado. É isso que dá ser baixotinha. Ainda tenho que puxar o banco todo pra frente, pra conseguir alcançar os pedais. Duro é ter que levar o banco pra trás toda vez que vou sair, porque fico apertada entre o banco e o volante. É, no mínimo, cômico.

A ida pra Londrina foi ótima. Coloquei óleo, chequei a água, abasteci e calibrei os pneus. Parei no pedágio sem derrubar nenhum cone. Estacionei e saí com o carro numa boa. Pra chegar ao destino, fui seguindo o carro dos nossos colegas. Como eles iam parar em sua cidade-quase-londrinense, tive que seguir viagem de volta sozinha. Aliás, eu não estava sozinha! Minha amiga doida estava comigo outra vez! Na verdade, quem deu ideia de irmos sozinhas foi ela mesma. Sinal que confia em mim e que não teve medo da outra vez! rsrs

Pra ir, só tive que seguir reto. Pra voltar, achei que seria a mesma coisa. E fui, fui, fui... Começou a escurecer. Liguei a meia-luz. Minhas lentes de contato pareciam não fazer muito efeito, porque tava aquela penumbra esquisita. Queria chegar a Arapongas. Cheguei, mas por um caminho que eu não tinha visto antes. Estava dentro da cidade, mas parecia que por ali passava a rodovia. Tuo bem, fui indo pra ver onde ia chegar. Cheguei num lugar onde minha amiga conhece. Seguimos em frente. De repente, me deparei com uma placa: "Limite de município - Arapongas - Apucarana". Esquisito. Definitivamente, não era por ali! Pegamos então uma estrada sem sinalização alguma. E sem carro algum passando nela também. Um breu total. Olhava pelo retrovisor e não via nada. Meu Deus! Onde estamos? Comecei a ficar nervosa. Cogitamos a possibilidade de voltar e entrar na cidade. Mas aquela estrada me puxava pra frente, me levava, e continuei em frente. Fui ficando curiosa pra saber onde é que íamos chegar. Passava um ou outro carro e dava vontade de perguntar "Ei! Pra onde é que eu tô indo?". De repente nos deparamos com umas luzes. Civilização! Pra encurtar a história: chegamos em Cambira. Passamos por Jandaia. E só aí chegamos ao nosso destino. Demos uma volta horrenda! A viagem que faríamos em 40min foi feita em 1h30!

Cheguei em casa com os ombros doloridos e com uma dor de cabeça terrível, mas ao menos cheguei em casa. Posso dizer que minha amiga é, sem dúvida, muito corajosa.

A próxima (sim! terá uma próxima!) será para Maringá. Agora ninguém mais me segura! Uhul!

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