domingo, 9 de maio de 2010

Alice no País das Maravilhas

Fui ao cinema com minha irmã e finalmente assistimos ao longa de Tim Burton (o maluco da foto ao lado). Gostei muito do visual do filme, mas achei que a história não foi assim tão emocionante. Quando um filme mexe muito com suas emoções, você sai da sala revigorado, pensativo, abalado. Saí da sessão da mesma forma que entrei. Achei que o filme não foi muito complexo em sua narrativa. O calendário usado no filme mostrava cenas que estavam acontecendo e que iam acontecer. Nesse caso, todos já sabiam que o "Glorian Day" ia chegar e que Alice estaria no alto daquela pedra enfrentando aquele monstro bizarro. Então, ninguém ficou muito surpreso.

A surpresa maior do filme foi ver Alice voltando ao País dsa Maravilhas. No clássico da Disney, ela era apenas uma criança e se divertiu ao tomar chá com o Coelho (foto divulgação ao lado) e o Chapeleiro Maluco. Quando voltou, o lugar estava com aspecto sombrio, já que a Rainha Vermelha havia tomado o poder da Rainha Branca. Pra mim, a parte mais interessante do filme foi essa - em que ela conversa com a lagarta azul (chamada Absolem) e descobre que seus sonhos não eram apenas sonhos, mas lembranças, pois ela já havia estado naquele lugar uma vez. No momento dessa descoberta, cenas do clássico de Alice foram passando (mas não em forma de desenho animado, é claro, mas de uma menininha de cabelos louros e cacheados toda fascinada com o mundo que via).

Chapeleiro, Rainha Vermelha e Rainha Branca: bela maquiagem (Foto: divulgação)

A tal lagarta azul continuou sobre seu cogumelo, fumando seu narguilé e perguntando "quem é você?" à garota. Tudo bem que essa figura remete ao uso de alucinógenos (o que foi criticado no desenho da Disney), mas imagino que a garotadinha-que-se-acha-moderninha adorou o jeitão do bicho. Os cogumelos também entram
na turma dos alucinógenos. Os bolinhos e as poções com escritos "coma-me" e "beba-me" também sugerem que não tem nada demais comer ou beber algo estranho e que alguém oferece.

O figu
rino e a maquiagem, por sua vez, estavam elegantíssimos. O Chapeleiro Maluco, com certeza, foi o astro da vez. A maquiagem feita em Johnny Depp (o cara das mil faces da foto abaixo) estava fantástica e muita gente andou falando que ele estava irreconhecível. Eu, particularmente, não achei isso. Os traços de seu rosto são fortes e facilmente identificáveis, mesmo quando ele se transforma e adquire mil faces. A Rainha Branca, por sua vez, acabou ficando com um batom negro muito esquisito e não tem nada a ver com o batom vermelho-sangue que deslumbra na foto acima.

Johnny Depp e suas mil caras (Fotos: divulgação)

Mia Wasikowska (a Alice), na verdade, nem foi a estrela principal do filme. Johnny roubou todas as atenções da pobrezinha. Ele salvou Alice, foi preso, fez chapéus para a rainha, escapou, foi novamente capturado e ainda teve todos à sua volta para assistirem sua execução. Enquanto isso, Alice estava vagando por aí. Aliás, alguém mais aí sentiu que o Chapeleiro ficou todo "encantadinho" com Alice? Ou isso só vem de mentes de garotas que ainda acreditam em príncipe encantado?

Atriz Mia Wasikowska: em segundo plano (Foto: divulgação)

Assisti ao filme 3D e dublado, o que me fez pensar se não errei na escolha. A dublagem das falas de Johnny me irritaram com aquela língua presa (nada contra, mas no filme não ficou bom). Outra coisa que me irritou foram as mãos para cima de Anne Hathaway (a Rainha Branca, foto divulgação à direita), parecia mais uma gazela saltitante. Contudo, teve uma hora - a única - em que ela estava sozinha na cena e deixou de ser a gazela - baixou os braços e saiu correndo pra encontrar um cão. Isso me fez reparar que a tal Rainha Branca era falsa. Ela podia não ser má, mas era falsa. A Rainha Vermelha (Helena Bonham Carter, foto divulgação à esquerda) era má mas parecia ter razões para isso. Ela matou o rei só porque achou que ele a deixaria. Com medo de sofrer, já executou o probre coitado e acabou com qualquer possibilidade de derrota. Além disso, ela demonstrava claramente que queria ser amada. Para agradar-lhe, seus súditos inventaram partes do corpo também exagerados, assim como sua cabeça - um tinha uma barriga enorme, outra, o nariz, outro, a testa. E assim a rainha não se sentia tão diferente de todo mundo. E talvez por ter um baita cabeção ela pedia pra cortar a cabeça de todos os que não a agradavam.

Os efeitos 3D não apareceram muito. Em Avatar foi muito mais emocionante. Mas pode ser que isso tenha acontecido em virtude de a própria narrativa de Avatar ser mais complexa e emocionante do que a de Alice. Se a história do filme nos deixa empolgados, qualquer efeitozinho a mais é motivo de encantamento. Tim Burtom, pelo visto, apostou no visual dos personagens. A atriz Helena Bonham Carter esteve genial em sua atuação e o efeito "cabeção" deu-lhe um ar engraçado, o que, como já disse, deixou bem à mostra os motivos de sua personalidade transtornada e medrosa.

Eu realmente esperava um gran-finale, na esperança de que fosse um pouco mais surpreendida e saísse da sessão mais empolgada, mas foi aquilo ali mesmo e pronto. De qualquer forma, o filme desperta curiosidade e, se a gente pensar um pouquinho, conseguimos desvendar algumas coisas que ele nos passa.

3 comentários:

Anônimo disse...

ridícula sua critica do filme o filme ficou simplesmente genial!!! Tim Burtom, Johnny Depp,Anne Hathaway, Helena Bonham Carter... simplesmente foram gêniais mais uma vez em suas atuações, mas cada um tem suas criticas e uma pessoa para falar mal desse filme so pode ser um sem cultura.

Elfo disse...

Ridiculo o fato de vc criticar uma pessoa e nem assim se dar o trabalho de se identificar paa um debate aberto e Maduro Anônimo... se vc eh um critico de cinema vamos conversar, se não.. vai esudar.. as criticas foram bem fundamentadas..

Karla Medeiros disse...

Bom, eu não quis dar uma de crítica, só coloquei aqui o que eu achei do filme. Pelo que eu sei, qualquer pessoa que assiste a um filme, que lê um livro, que assiste a uma peça de teatro pode ter sua opinião sobre o que está vendo. Você mesmo, Anônimo, está criticando a minha publicação - um direito todo seu! É lógico que eu adorei o filme, mas como disse, eu esperava mais dele e tenho direito de pensar assim, certo?

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