sábado, 8 de maio de 2010

Eu quero silêncioooo!

O dia tá nublado, em breve vai cair o maior toró, não tem uma alma viva na rua e essa porcaria de Loja Salfer fica aí esguelando. Tudo bem que eles querem anunciar a promoção de dia das mães pra todo mundo ouvir, mas pra isso quem mora em frente tem de aguentar esse repeteco o dia INTEIRO. E alguém aguenta? Se eles ainda rodassem dois ou três CDs com músicas diferentes, vá lá. Mas são as MESMAS MÚSICAS o dia todo! Roberto Carlos, meu! E sabe, eu até gostava da música "Matemática", do Peninha. Mas ouvi-la por dois dias consecutivos, das 8 às 18 horas... Se bem que dessa vez, por causa do dia das mães, eles escolheram músicas mais amenas, saindo daquele sertanejão ainda mais barulhento e irritante.

Sinceramente, acho isso aí falta de respeito. Eles têm todo o direito de vender, mas não de atormentar a paz alheia pra isso. Não dá pra dormir, estudar e nem assistir TV! Meu pai trabalha com contabilidade e todo mundo ali já tá saturado com todo esse banzé da Salfer. Reclamar com eles não adianta. A polícia joga a batata-quente pra delegacia e esta devolve pra polícia, num ciclo que só deixa a gente ainda mais indignado por ver que por aqui nossos direitos ficam só no papel.

E não eram pra ficar. Temos leis que nos protegem desse incômodo. Se tem gente que reclama das músicas dos cultos e missas, que duram aproximadamente 1 hora, não podemos reclamar de músicas de uma loja, que duram às vezes a semana toda? Tal barulheira se torna indesejável quando as pessoas em seu entorno se incomodam com ela. Estamos incomodados, portanto, nosso sossego foi alterado. Tudo bem que isso não se compara à poluição sonora a que ficam expostos trabalhadores de obras civis, por exemplo, que sofrem com a intensidade e com o maior tempo de exposição ao barulho, mas compromete nosso bem-estar e nos leva ao estresse. Sabemos que o estresse é o grande culpado por fazer certas doenças darem as caras, como a hipertensão.

"Quando a poluição sonora é restrita a um determinado local, ou área, o problema pode ser considerado localizado e as vezes de pequena proporção, mas quando ela atinge grande parte da cidade, como no caso de trânsito intenso e corredores de tráfego a questão passa a ser mais ampla e generalizada, pois além de atender os moradores próximos às vias públicas barulhentas, atinge também aos que passam por elas, tornando-se assim um problema de saúde pública. Este tipo de poluição vem sendo reconhecida mundialmente como questão de saúde, tanto que já há inclusive o Plano Nacional de Saúde Ambiental da Europa que trata da ligação do barulho excessivo à saúde, conforme noticiado pela imprensa em geral".

(Fonte: Programa A Última Arca de Noé)


Em Curitiba, caixas de som e propaganda em carros de som foram proibidas em farmácias, que são estabelecimentos de saúde pública e que devem ser vistos como tal, e não como mero comércio. Aliás, sabemos que a retirada de produtos alimentícios das farmácias teve esse objetivo. Não condiz um local visto como aquele que trata da saúde da população sair por aí fazendo estardalhaço. O MP de Curitiba ainda intenciona ampliar esta medida para outros setores varejistas, a fim de diminuir drasticamente a poluição sonora da cidade.

É claro que não podemos comparar Curitiba com Mandaguari. Mas a questão é que Curitiba tomou e continua tomando atitudes em prol da saúde pública e do meio ambiente ecologicamente equilibrado. Só devemos lembrar que mandaguarienses e curitibanos são seres humanos do mesmo jeito e são detentores dos mesmos direitos. É, cidade pequena é isso: terra de ninguém.



Fontes:

Paraná Online

Programa A Última Arca de Noé

Ambiente Brasil

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