domingo, 24 de outubro de 2010

Aumento dos seios pode ser mais "natural"

Boa notícia para a mulherada que almeja um aumento dos seios: agora podem ser retiradas células-tronco adiposas (de gordura) do próprio corpo e implantadas em seu seio, que aumentará de tamanho conforme o número de células cresce. Ou seja, é praticamente um aumento "natural" - o que vai deixar em dúvida muitos marmanjões que adoram adivinhar se os seios da mulherada é verdadeiro ou falso!

Aumento de até dois números do sutiã!

A técnica foi elaborada no Japão (onde mais?), por um cirurgião cosmético. E deu certo. O médico conseguiu um aumento de 4 centímetros de um seio de uma paciente. O objetivo inicial, no entanto, é permitir a regeneração mamária de mulheres que foram acometidas pelo câncer de mama. Mas é claro que, se aprovada a licença para realização dos testes em humanos e se estes estudos forem satisfatórios, não se restringirão somente ao uso em implantes mamários de mulheres que passaram pelo câncer. Imagino que muita mulher vai entrar na fila para aumentar os seios por pura estética, dando preferência a este método ao de implante de silicone. Será o fim da "mulher siliconada".

Além de uma nova oportunidade para quem morre de medo de injetar silicone nos seios, este estudo pode lançar por terra a tão grande polêmica do uso de células-tronco embrionárias, principalmente se for um caso estético e não vital como o aumento dos seios.

E ainda, quem sabe, diminuir as gordurinhas localizadas na barriga, nas coxas... hahaha!

Aguardemos avanços nos estudos, ladies.
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Fonte:



Das Vantagens de Ser Bobo - Clarice Lispector

Andei xeretando o blog do Projeto Apoema, sobre Educação Ambiental, dirigido por Berenice Adams (uma das melhores cabeças pensantes da EA no Brasil) e encontrei algumas postagens difíceis de não serem notadas. 

Quem não leria um texto ou veria um filme que fala sobre as vantagens de ser bobo? Afinal, o que é ser bobo? O que a autora, Clarice Lispector, quis dizer com "ser bobo"? O texto é, por si só, interessante. E na voz de Aracy Balabanian ficou fascinante!

Fiquei pensando na mensagem desse texto e só pude concluir o que eu sempre desconfiei: eu sou uma completa BOBA!

E você? Ainda quer ser ESPERTO? 

Analise suas atitudes e tente se classificar em uma das duas opções. Mas não vale se esquivar! Se você perceber que se enquadra na classe dos bobos e tentar mudar o resultado, é sinal que o resultado inicial estava errado... 

Acompanhe aqui o texto na íntegra:

Das vantagens de ser bobo

O bobo, por não se ocupar com ambições, tem tempo para ver, ouvir, tocar no mundo.
O bobo é capaz de ficar sentado quase sem se mexer por duas horas. Se perguntado por que não faz alguma coisa, responde: "Estou fazendo, estou pensando”.
Ser bobo às vezes oferece um mundo de saída porque os espertos só se lembram de sair por meio da esperteza, e o bobo tem originalidade, espontaneamente lhe vem a idéia.
O bobo tem oportunidade de ver coisas que os espertos não vêem. Os espertos estão sempre tão atentos às espertezas alheias que se descontraem diante dos bobos, e estes os vêem como simples pessoas humanas.
O bobo ganha utilidade e sabedoria para viver.
O bobo parece nunca ter tido vez. No entanto, muitas vezes, o bobo é um Dostoievski.
Há desvantagem, obviamente. Uma boba, por exemplo, confiou na palavra de um desconhecido para a compra de um ar refrigerado de segunda mão: ele disse que o aparelho era novo, praticamente sem uso porque se mudara para a Gávea onde é fresco. Vai a boba e compra o aparelho sem vê-lo sequer.
Resultado: não funciona.
Chamado um técnico, a opinião deste era que o aparelho estava tão estragado que o concerto seria caríssimo: mais vale comprar outro.
Mas, em contrapartida, a vantagem de ser bobo é ter boa-fé, não desconfiar, e, portanto estar tranqüilo.
[...]
É que só o bobo é capaz de excesso de amor. E só o amor faz o bobo.

(Clarice Lispector)
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Postagem original de Bere, com vídeo:

Projeto Apoema - Educação Ambiental: Das Vantagens de Ser Bobo - Clarice Lispector: "Narração maravilhosa de Aracy Balabanian do texto !Das Vantagens de Ser Bobo' da eterna Clarice Linspector!"

quinta-feira, 7 de outubro de 2010

Amigo?

Se tem uma coisa que eu realmente não entendo é o fato de as pessoas preferirem ouvir mentiras a ouvir verdades. Não entendo mesmo. Elas almejam encontrar amigos sinceros, que lhes digam a verdade para seu próprio bem, mas preferem aqueles que fingem sorrisos. Amigos falsos, de fato. 

Pra mim, amigo mesmo não mente. Só mente pra tentar contornar alguma situação, ou até mesmo pra não ferir tanto a outra pessoa. É difícil falar pra amiga que ela está feia naquela roupa. É difícil dizer pro amigo apaixonado que a garota não é o tipo dele. Reconheço a necessidade da mentira nos relacionamentos, e na amizade não é diferente. Mas que seja mentira moderada. Assim, suave, dessas que não machucam - tanto. Mentir o tempo todo não dá. Dizer que gosta da pessoa enquanto não suporta ouvir a voz dela não é ato digno de uma amizade.

Já estive em diversas situações em que precisei ser franca. Abrir o jogo, como se diz. E pude notar claramente o descontentamento da outra parte. Ora, a verdade nua e crua realmente machuca. Mas estamos falando da verdade, da sinceridade, da coragem de ultrapassar as barreiras da ilusão pra mostrar ao outro a realidade. Considero isso um ato nobre, digno de aplausos, porque no mundo em que vivemos está cada vez mais difícil encontrar alguém que aja dessa forma. Sempre digo que prefiro ser aquela que puxa a orelha do que ser aquela que passa a mão na cabeça. Certa vez falei tantas verdades que a pessoa que se achava a "tal" teve de baixar a bola. Noutra, o orgulho da pessoa não lhe permitiu ver além das palavras duras que eu usei pra mostrar a realidade. E aí eu acabo me tornando a vilã da história.

Se as pessoas almejam amigos sinceros, então por que os rejeitam quando surgem? Será que as mentiras lhes satisfazem? O fingimento e a formalidade parecem mais atraentes? Onde estão os verdadeiros valores? O que faz as pessoas inventarem desculpas esfarrapadas quando na verdade queriam mesmo é "soltar os cachorros"? Pois digo que é muito melhor "soltar os cachorros" do que "engolir sapos", pois assim abre-se a oportunidade de desabafar, desatar os nós, lavar a roupa suja... O cheiro de amaciante  nas roupas é adorável, mas antes é preciso molhar, ensaboar, esfregar, enxaguar, torcer... Contudo, melhor tudo isso do que continuar sujando a roupa e acabar tornando-a insuportável e inutilizável.

quinta-feira, 23 de setembro de 2010

Cuidado, mulher ao volante!

Tirei minha carteira de habilitação em 2005, quando fiz 18 anos. Depois de 5 anos, resolvi pegar a estrada. Fui pra cidades próximas, mas tá valendo, né?

Primeiro fui até Apucarana. Eu e minha amiga, doida que nem eu. Foi tudo bem, a não ser pelo fato de ter furado um sinal vermelho - não vi que tinha semáforo ali! Mas não aconteceu nada, a não ser uma baita freada. Na volta, vim seguindo um carro, um colega nosso. Foi tudo bem também, a não ser pelo fato de um ônibus que vinha atrás de nós começar a dar sinal de luz, como quem diz "Ei, não vai ultrapassar? A pista tá limpa!".

A experiência foi ótima e eu me senti uma verdadeira motorista. Estando lá, coloquei o carro num estacionamento. Pra sair, tive que manobrar. Ruim é que parece que tá todo mundo olhando. Que novidade tem ver alguém que nunca manobrou dentro e um estacionamento? Oras... u.u

Para ir até Londrina, combinei com um amigo de nos encontrarmos no meio do caminho. Bom, não tão no meio assim, porque a cidade deles é praticamente dentro de Londrina. Mas tudo bem, porque a maior dificuldade é me localizar naquela cidade enorme. A estrada estava super tranquila, apesar de ser pista dupla, o que facilita um bocado. Até tirei uma foto chamada "eu_no_volante_indo_para_londrina.jpg". Ô coisa linda.


Pra estacionar foi um banzé, porque achei que meu carrinho ia caber naquela vaga. Não, não tentei enfiar o carro entre outros dois até deixá-lo como uma lata de sardinha. A vaga era na esquina, mas ficou muito perto da esquina, sabe? Mas tá, tudo bem.

Uma das coisas mais difíceis pra mim é ter que colocar almofadas pra que o banco fique alinhado. É isso que dá ser baixotinha. Ainda tenho que puxar o banco todo pra frente, pra conseguir alcançar os pedais. Duro é ter que levar o banco pra trás toda vez que vou sair, porque fico apertada entre o banco e o volante. É, no mínimo, cômico.

A ida pra Londrina foi ótima. Coloquei óleo, chequei a água, abasteci e calibrei os pneus. Parei no pedágio sem derrubar nenhum cone. Estacionei e saí com o carro numa boa. Pra chegar ao destino, fui seguindo o carro dos nossos colegas. Como eles iam parar em sua cidade-quase-londrinense, tive que seguir viagem de volta sozinha. Aliás, eu não estava sozinha! Minha amiga doida estava comigo outra vez! Na verdade, quem deu ideia de irmos sozinhas foi ela mesma. Sinal que confia em mim e que não teve medo da outra vez! rsrs

Pra ir, só tive que seguir reto. Pra voltar, achei que seria a mesma coisa. E fui, fui, fui... Começou a escurecer. Liguei a meia-luz. Minhas lentes de contato pareciam não fazer muito efeito, porque tava aquela penumbra esquisita. Queria chegar a Arapongas. Cheguei, mas por um caminho que eu não tinha visto antes. Estava dentro da cidade, mas parecia que por ali passava a rodovia. Tuo bem, fui indo pra ver onde ia chegar. Cheguei num lugar onde minha amiga conhece. Seguimos em frente. De repente, me deparei com uma placa: "Limite de município - Arapongas - Apucarana". Esquisito. Definitivamente, não era por ali! Pegamos então uma estrada sem sinalização alguma. E sem carro algum passando nela também. Um breu total. Olhava pelo retrovisor e não via nada. Meu Deus! Onde estamos? Comecei a ficar nervosa. Cogitamos a possibilidade de voltar e entrar na cidade. Mas aquela estrada me puxava pra frente, me levava, e continuei em frente. Fui ficando curiosa pra saber onde é que íamos chegar. Passava um ou outro carro e dava vontade de perguntar "Ei! Pra onde é que eu tô indo?". De repente nos deparamos com umas luzes. Civilização! Pra encurtar a história: chegamos em Cambira. Passamos por Jandaia. E só aí chegamos ao nosso destino. Demos uma volta horrenda! A viagem que faríamos em 40min foi feita em 1h30!

Cheguei em casa com os ombros doloridos e com uma dor de cabeça terrível, mas ao menos cheguei em casa. Posso dizer que minha amiga é, sem dúvida, muito corajosa.

A próxima (sim! terá uma próxima!) será para Maringá. Agora ninguém mais me segura! Uhul!

segunda-feira, 6 de setembro de 2010

Bichinhos dos Sonhos

Hoje me descobri fazendo parte de uma multidão que corre pros supermercados só pra comprar produtos de marcas que estão fazendo alguma promoção. Que fique claro, contudo, que eu não estava lá SÓ pra isso! Fui comprar leite condensado pra fazer meus deliciosos bombons (marketing mode ON).

E a promoção da vez é da Bauducco: Bichinhos dos Sonhos, onde a cada 5 embalagens de produtos Bauducco + R$9,90 você "ganha" um bichinho de pelúcia que vira travesseiro.

Promoção Bauducco. E não, não estou ganhando nada pela divulgação.

É, "ganha", entre aspas mesmo, porque você paga por todos os produtos que consome, se entope de calorias provenientes dos biscoitos, waffles, torradas e bolinhos, e ainda paga quase 10 mangos pra adquirir o bichinho. Sem contar no trabalhão de encontrar um bendito posto de troca - se fosse cidade grande, aposto que não teria tanto problema nisso.

De qualquer forma, tô doida pra um bichinho desses. Nunca vi um, mas parecem ser fofinhos! Agora preciso torcer pra que eu encontre uma vaquinha quando for trocar. So cute!

Pra quem quiser mais informações sobre a promoção, fica o link:

http://www.bichinhosdossonhos.com.br/

sábado, 4 de setembro de 2010

Não é fácil ser mulher

As mulheres, certamente, concordam com essa frase. Os homens, por sua vez, devem é achar graça. Isso porque eles não nos entendem - e pelo visto isso não acontecerá um dia.

O comportamento feminino é, de fato, complicado. A começar pela linguagem. Falamos de várias coisas ao mesmo tempo e muitas vezes não conseguimos expressar diretamente os nossos sentimentos. Vira uma confusão e os rapazes simplesmente nos acham malucas. Isso se dá pelo fato de eles terem uma comunicação mais direta. Eles são taxativos - é oito ou oitenta e pronto. Já para elas, é um tanto complicado falar de alguma coisa sem dar aquela enroladinha básica.

Já recebi vários e-mails falando dessa divergência de comunicação entre os sexos. Motivo pra tanta piada não falta, já que realmente a mulherada muitas vezes se comporta dessa maneira. Eis dois deles:


EXPRESSÕES USADAS PELAS MULHERES

1 - "Certo": Esta é a palavra que as mulheres usam para encerrar uma discussão quando elas estão certas e você precisa se calar.

2 - "5 minutos": Se ela está se arrumando significa meia hora. "5 minutos" só são cinco minutos se esse for o prazo que ela te deu para ver o futebol antes de ajudar nas tarefas domésticas.


3 - "Nada": Esta é a calmaria antes da tempestade. Significa que ALGO está acontecendo e que você deve ficar atento. Discussões que começam em "Nada" normalmente terminam em "Certo".

4 - "Você que sabe": É um desafio, não uma permissão. Ela está te desafiando, e nessa hora você tem que saber o que ela quer…e
não diga que também não sabe!

5 - Suspiro ALTO: Não é realmente uma palavra, é uma declaração não-verbal que frequentemente confunde os homens. Um suspi
ro alto significa que ela pensa que você é um idiota e que ela está imaginando porque ela está perdendo tempo parada ali discutindo com você sobre "Nada".

6 - "Tudo bem": Uma das mais perigosas expressões ditas por uma mulher. "Tudo bem" significa que ela quer pensar muito bem antes de decidir como e quando você vai pagar por sua ma
ncada.

7 - "Obrigada": Uma mulher está agradecendo, não questione, nem desmaie. Apenas diga "por nada". (Uma colocação pessoal: é verdade, a menos que ela diga "MUITO obrigada" - isso é PURO SARCASMO e ela não está agradecend
o por coisa nenhuma. Nesse caso, NÂO diga "por nada". Isso apenas provocará o "Esquece").

8 - "Esquece": É uma mulher dizendo "FODA-SE !!"


9 - "Deixa pra lá, EU resolvo": Outra expressão perigosa, significando que uma mulher disse várias vezes para um homem fazer algo, mas a
gora está fazendo ela mesma. Isso resultará no homem perguntando "o que aconteceu?". Para a resposta da mulher, consulte o item 3.

10 - "Precisamos conversar!": Fodeu !! Você está a 30 segundos de levar um pé na bunda.


11 - "Sabe, eu estive pensando...": Esta expr
essão até parece inofensiva, mas usualmente precede os "Quatro Cavaleiros do Apocalipse"…


Mulher - Onde você vai?
Homem - Vou sair um pouco.
Mulher - Vai de carro?
Homem - Sim.
Mulher - Tem gasolina?
Homem - Sim.... coloquei.
Mulher - Vai demorar?
Homem - Não... coisa de uma hora.
Mulher - Vai a algum lugar específico?
Homem - Não... só rodar por aí.
Mulher - Não prefere ir a pé?
Homem - Não... vou de carro.
Mulher - Traz um sorvete pra mim!
Homem - Trago... que sabor?
Mulher - Manga.
Homem - Ok... na volta eu passo e compro.
Mulher - Na volta?
Homem - Sim... senão derrete.
Mulher - Passa lá, compra e deixa aqui..
Homem - Não... melhor não! Na volta... é rápido!
Mulher - Ahhhhh!
Homem - Quando eu voltar eu tomo com você!
Mulher - Mas você não gosta de manga!
Homem - Eu compro outro... de outro sabor.
Mulher - Aí fica caro... traz de cupuaçu!
Homem - Eu não gosto também.
Mulher - Traz de chocolate... nós dois gostamos.
Homem - Ok! Beijo... volto logo....
Mulher - Ei!
Homem - O que?
Mulher - Chocolate não... Flocos...
Homem - Não gosto de flocos!
Mulher - Então traz de manga prá mim e o que quiser prá você.
Homem - Foi o que sugeri desde o começo!
Mulher - Você está sendo irônico?
Homem - Não tô não! Vou indo.
Mulher - Vem aqui me dar um beijo de despedida!
Homem - Querida! Eu volto logo... depois.
Mulher - Depois não... quero agora!
Homem - Tá bom! (Beijo.)
Mulher - Vai com o seu ou com o meu carro?
Homem - Com o meu.
Mulher - Vai com o meu... tem cd player... o seu não!
Homem - Não vou ouvir música... vou espairecer...
Mulher - Tá precisando?
Homem - Não sei... vou ver quando sair!
Mulher - Demora não!
Homem - É rápido... (Abre a porta de casa.)
Mulher - Ei!
Homem - Que foi agora?
Mulher - Nossa!!! Que grosso! Vai embora!
Homem - Calma... estou tentando sair e não consigo!
Mulher - Porque quer ir sozinho? Vai encontrar alguém?
Homem - O que quer dizer?
Mulher - Nada... nada não!
Homem - Vem cá... acha que estou te traindo?
Mulher - Não... claro que não... mas sabe como é?
Homem - Como é o quê?
Mulher - Homens!
Homem - Generalizando ou falando de mim?
Mulher - Generalizando.
Homem - Então não é meu caso... sabe que eu não faria isso!
Mulher - Tá bom... então vai.
Homem - Vou.
Mulher - Ei!
Homem - Que foi, cacete?
Mulher - Leva o celular, estúpido!
Homem - Prá quê? Prá você ficar me ligando?
Mulher - Não... caso aconteça algo, estará com celular.
Homem - Não... pode deixar...
Mulher - Olha... desculpa pela desconfiança, estou com saudade, só isso!
Homem - Ok, meu amor... Desculpe-me se fui grosso. Tá.. eu te amo!
Mulher - Eu também! Posso futricar no seu celular?
Homem - Prá quê?
Mulher - Sei lá! Joguinho!
Homem - Você quer meu celular prá jogar?
Mulher - É.
Homem - Tem certeza?
Mulher - Sim.
Homem - Liga o computador... lá tem um monte de joguinhos!
Mulher - Não sei mexer naquela lata velha!
Homem - Lata velha? Comprei pra a gente mês passado!
Mulher - Tá.ok... então leva o celular senão eu vou futricar...
Homem - Pode mexer então... não tem nada lá mesmo...
Mulher - É?
Homem - É.
Mulher - Então onde está?
Homem - O quê?
Mulher - O que deveria estar no celular mas não está...
Homem - Como!?
Mulher - Nada! Esquece!
Homem - Tá nervosa?
Mulher - Não... tô não...
Homem - Então vou!
Mulher - Ei!
Homem - O que ééééééé, ca¨&*$%#$o?
Mulher - Não quero mais sorvete não!
Homem - Ah é?
Mulher - É!
Homem - Então eu também não vou sair mais não!
Mulher - Ah é?
Homem - É.
Mulher - Oba! Vai ficar comigo?
Homem - Não vou não... cansei... vou dormir!
Mulher - Prefere dormir do que ficar comigo?
Homem - Não... vou dormir, só isso!
Mulher - Está nervoso?
Homem - Claro, p%¨&*!!!
Mulher - Porque você não vai dar uma volta para espairecer?
Homem - Ah, vai tomar no %¨%$...

(Fonte: Minha caixa de entrada do Hotmail. Autores desconhecidos.)

Os dois textos têm um quê de piada mesmo, só que é basicamente isso aí que acontece nos relacionamentos, tanto atualmente quanto há décadas atrás. Afinal, a mulherada continua complicada. Somos cheias de dúvidas e desejos, sentimentos misturados, bom-humor que vira mal-humor de um minuto para o outro. Ainda mais se a moça estiver na TPM.


Pelo visto, o jeito é a rapaziada não tentar entender. Só aceitar e pronto.

Já se sabe que a área cerebral mais bem-desenvolvida na mulher é a responsável pela linguagem. Os homens ficam com a parte de raciocínio lógico e análise espacial. É por isso que eles se saem melhor numa baliza. E é por isso que praticamente não vemos professores de Português. É claro que há excessões, só estamos nos referindo à maioria. A mulher tem muito mais facilidade em lidar com problemas sociais em que são necessárias atitudes de cunho psicossocial - ela cuida melhor das palavras usadas na resolução de conflitos envolvendo pessoas.

Tudo isso, dizem os cientistas, vem da evolução. A mulher primitiva tinha como função cuidar da prole, da comida adquirida pelo homem e ainda garantir a sobrevivência de todos cuidando, vejam só, de todos e também de si mesma - não é diferente de hoje, é? Os homens primitivos eram responsáveis por trazer comida "para casa". Por isso as funções analíticas do cérebro masculino se desenvolveram, já que ele tinha que calcular a velocidade da presa e o tempo que levaria para chegar até ela. Como a mulher fazia várias coisas ao mesmo tempo, acabou trazendo essa capacidade consigo até os dias atuais - e é por isso que não é difícil pra uma garota lixar as unhas enquanto fala no telefone e lê seus e-mails.

Tudo isso pode intervir em um relacionamento, pois enquanto a moça fala mil coisas que lhe aconteceram no dia, o rapaz só está preocupado em quando é que vai poder assistir aquele futebolzinho na TV. Não é raro acontecer em relacionamentos: a mulher vai falando, falando, falando... e o cara tá lá pensando na pescaria do final-de-semana. Ele matuta que vara ele vai levar, se o clima estará propício, quantas cervejas vai comprar, quanto tempo demora para chegar ao rio, e por aí vai. E ela, coitada, tá lá contando a história apavorante que a manicura lhe contou no dia anterior. Ao final da história, ela o aborda fazendo uma pergunta, geralmente querendo saber se ele concorda com aquilo que ela acabou de falar. Mas, como ele tava pensando mil coisas antes da pergunta derradeira, o pobrezinho não sabe o que comentar de todo aquele blablabla e acaba dizendo que não sabe. E aí, pimba! A briga já pode começar.

Fonte: Internet.

As divergências comportamentais dos sexos sempre existiram e, mesmo que hoje em dia seja comum encontrar homens afeminados e mulheres masculinizadas, tais diferenças não tendem a diminuir - muito menos desaparecer. O que pode acontecer é um aprender a lidar melhor com o outro a partir de um maior conhecimento. Porém, do jeito que a carruagem vai indo (com tanta banalização do sexo, da figura feminina, da música e do comportamento em geral), fica difícil conhecer melhor a outra pessoa - estou falando da pessoa em si, não apenas de seu corpo. Observar, buscar respostas e admirar o sexo oposto pode ajudar - e muito - nessa procura pela compreensão daquele ser que mais parece de outro mundo.

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Livro bacana que trata do assunto:

Por que os homens mentem e as mulheres choram?, de Allan & Barbara Pease. Sextante, 2003.

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quinta-feira, 2 de setembro de 2010

Estudar pela web também vale

Entrei numa pós-graduação à distância. Muita gente fez uma cara esquisita quando soltei essa frase, como se estudar à distância seja inferior. Essa sensação deve vir do fato de existirem muitas instituições picaretas, que não possuem infraestrutura apropriada para realizar cursos dessa categoria. Afinal, ao menos uma vez por mês a turma deve se encontrar em algum polo presencial. Outro motivo de as pessoas torcerem o nariz pro ensino à distância é que hoje se pode achar qualquer site prometendo certificados a torto e a direito - e pedindo quantias significativas por isso. Com toda a malandragem que corre solta na internet, não é de se duvidar que muitos sites de instituições (que podem nem existir de fato) sejam meros meios de gente que quer arrancar nosso estimado dinheirinho.

Entretanto, não devemos generalizar. O
ensino à distância existe há muito tempo e sua qualidade é tal qual à do presencial. Instituições sérias prepararam-se muito bem para tal, equipando os polos presenciais com laboratórios de informática, bibliotecas e, dependendo dos cursos ofertados, até laboratórios de ciências biológicas e enfermagem.

"Tire seu diploma pela internet", nome da reportagem de capa da Revista Época. (Imagem retirada do site da revista).

A coisa é realmente séria e o MEC está trabalhando duro para que tais instituições estejam de acordo com os quesitos obrigatórios. Por isso, é preciso pesquisar antes de se inscrever em algum curso. O MEC dispõe em seu site um link para consulta da validade das instituições e pólos, onde o aluno pode se certificar da seriedade a Universidade/Faculdade escolhida.

A última edição da revista
Época trouxe em sua capa justamente esse assunto. Confesso que fiquei grandemente aliviada ao ver que tanta gente está aderindo ao método e que instituições estaduais e federais dispõem de cursos via web. É a prova que eu precisava para mostrar a quem duvida que estudar pela internet seja válido.

A reportagem frisa que o perfil do aluno à distância deve ser diferente daquele presencial. Ele deve se organizar melhor, já que acaba se tornando autosuficiente em seus estudos. É ele quem faz seus horários, busca conteúdos adicionais e se disciplina em manter sua atenção na hora de estudar. É bom pra quem gosta de estudar sozinho. Mesmo assim, é muito importante fazer amizade com os colegas de turma e combinar grupos de estudo - seja via web ou pessoalmente -, pois compartilhar ideias é de suma importância pra quem quer aprender.


A aula inaugural do curso foi há três semanas e lá os coordenadores, secretários, professores e tutores conversaram conosco sobre como funciona o ensino à distância. E explanaram o fato de que tanto os alunos distantes quanto os alunos presenciais são considerados membros da mesma Universidade, participantes ativos e com direito a carteirinha e crachá. Afinal, todos entram na instituição da mesma forma: via vestibular para os graduandos e via análise de currículo para os pós-graduandos. Prova disso é receber, ao final do curso, um diploma igualzinho ao de quem o cursou presencialmente.


Fontes:

SIEAD - MEC


Revista Época, de 30 de agosto de 2010, Edição 641, Editora Globo, p. 80. (
Site )

quarta-feira, 1 de setembro de 2010

O trote do sequestro

Hoje minha irmã foi sequestrada.

Pelo menos foi o que o cara do outro lado do telefone disse.


Depois de tanto fuzuê que a mídia fez a respeito do trote do sequestro, a gente acabou pensando que tudo isso havia acabado ou mesmo esquecido - na verdade, as coisas são assim mesmo: a mídia faz um auê quando o assunto está "na moda" e depois eles simplesmente não falam mais nada. Bom, aí a gente se esquece e nunca espera que um cara que tá sabe-se-lá onde vai ligar em casa pra dizer que sequestrou um de nossos familiares.

Mas os caras certamente estão em alguma prisão e, como não têm muito o que fazer lá dentro, arrumam um celular com seus companheiros de fora da cadeia pra que eles possam brincar um pouquinho. Aliás, deve ser bem divertido, não? Ligar pra um número qualquer e fazer aquele estardalhaço dizendo que estão com "sua filha".

O mais legal é quando eles vêm com um papo de que pegaram "seu filho", sendo que você só tem duas meninas. Ou então quando o seu filho único está dormindo ou jantando bem na sua frente. Mas pior é quando a vítima nem filho tem.

Só que pra eles não importa. É um roleta-russa. Se errarem, tentam outra vez. Mas o sacrifício de ligar pra incontáveis números de telefone desconhecidos vale a pena. Afinal, vai que um troxa acredita naquela novela toda? Na verdade, esses caras estão é sendo desperdiçados na cadeia. Poderiam muito bem montar um grupo teatral. Eles parecem ter o "dom da coisa", sabe? E eles são bons. Prestam atenção em todos os detalhes e ficam esperando a vítima dizer o nome do suposto ente sequestrado.

Minha mãe acabou falando o nome da minha irmã, sem querer. Os bacanas ligaram a cobrar (minha irmã sempre liga a cobrar pra casa) e logo começaram com uma gritaria, uma cena que eu gostaria de ver.

- Mãe! Mãe! Sou eu! Me pegaram! Eles me pegaram, mãe! - O fulano que faz a voz feminia é um ator nato. Aplausos.

Aí minha mãe, coitada, logo passou o telefone pro namorado da minha irmã, naquele desespero. Acabou falando o nome dela e aí pronto.

- É! É ela mesmo! Nós a pegamos* e queremos R$10.000,oo! - Tudo isso pra dez mil? Minha irmã vale dez mil??? Palhaçada!

Sorte que minha mãe foi rápida. Pegou outro telefone e ligou pra ela. Sorte, também, que minha irmã resolveu atender o celular. Ela estava bem, saindo da aula, e logo estaria em casa. Mesmo assim, foi um baita susto.


* É claro que os bonitinhos não falam correto assim, mas eu não aguento deixar um "pegamos ela" aqui.

sábado, 21 de agosto de 2010

A festa das eleições 2010

Achei que estaria livre da música-tema da Copa do Mundo 2010, mas é ano de eleição, minha gente, então desfrutemos das belíssimas paródias feitas para os canditados a partir de músicas que estão na boca do povo - ou que estiveram até alguns dias atrás.

No sábado de manhã, as ruas foram invadidas por carros-de-som que emitiam os
jingles dos candidatos a deputado federal e estadual, governador e senador. Um ou outro aproveitava para falar o nome de seu candidato a presidente. Já não aguentava mais ouvir a música da Copa do Mundo, Wavin' Flag, que tocou durante todo o campeonato no mundo todo. Bem por isso, escolhê-la para ser parodiada nas eleições não era novidade pra ninguém - só não sabia o quão irritante seria.

A escolha das músicas parece ser feita meticulosamente - pegam justamente essas que entram na cabeça e não saem tão facilmente. Ao final das eleições, tá todo mundo cantarolando o que eles jogaram pra dentro de nossos ouvidos durante praticamente 3 meses.


Até o Michael Jackson (R.I.P.) entrou na dança. O candidato a deputado estadual de Paraíba, um tal de Lindolfo Pires "Faustão", usou a consagrada música de M.J.,
Beat It, em sua campanha. Veja no que deu:




Pra ganhar votos, faz-se qualquer coisa. Até mesmo perturbar o ouvido alheio com um bombardeio repetitivo de ritmo hipinotizante feito de músicas sofregamente criadas por artistas consagrados (estou falando de Queen e M.J., os caras que cantam Rebolation - que eu nem sei o nome - não fazem parte desse rol).

Vou aproveitar o assunto pra comentar a candidatura de Tiririca a deputado federal. Como disse, pra ganhar votos, faz-se qualquer coisa. O maluco chamou a atenção com as frases de cunho sagaz em sua campanha, como "Vote Tiririca, pior do que tá não fica". Na verdade, o cara chama atenção só de ter entrado para a política. E ele não foi nada humilde - entrou de cara para deputado federal.



De tão ridículo, a impressão que se tem é de que ele tá ali só pra satirizar mesmo, pra esculachar, e até mesmo pra fazer uma espécie de protesto oculto, como se estivesse colocando todos os políticos em gestão e os candidatos a tal na lista negra do caráter. Mas acho que isso é coisa de gente que procura coisa onde não tem - como eu - e fica filosofando com tudo o que aparece por aí. Tiririca só pode estar falando sério, até porque o interesse dele em ajudar sua família parece bem real. Considerando que o pobre coitado teve sua carreira simplesmente esquecida pelos brasileiros, entrar com uma candidatura a esta altura do campeonato faz com que, inevitavelmente, ele seja um dos nomes mais comentados do ano. Bom pra ele. Ao menos tem uma música original. Se bem que ele poderia ter usado a música "Florentina" pra sua campanha.


Fontes:


Página Último Segundo do Portal IG
Youtube

terça-feira, 17 de agosto de 2010

Sidney Sheldon: o rei da descrição

Terminei ontem a leitura de um dos romances mais conhecidos no mundo todo: Se houver amanhã, de Sidney Sheldon. É simplesmente fantástico. Devo confessar que nunca fui muito ligada ao hábito da leitura, mas as histórias de Sheldon sempre me fascinaram.

Uma das capas do livro, que foi lançado em 1986.

A primeira vez que tive contato com os livros do autor foi quando a professora de Português, da 8ª série (salvo engano), prometeu alguns pontinhos extras pra quem tivesse a fichinha da biblioteca cheia. Admitamos que é uma maneira desesperada que a professora encontrou para estimular os alunos a lerem mais. Contudo, funcionou. Ao menos comigo.

Corrida pela herança foi o primeiro livro de Sheldon que li. Classificado como infanto-juvenil, é um livro cativante, simples, mas com uma história muito bem elaborada. Foi aí que aprendi o significado da palavra desjejum, bem como o uso de verbos conjugados no tempo pretérito mais que perfeito (aqueles com terminação -ara: falara, pensara, caíra...). Fiquei encantada com a história e na minha próxima visita à biblioteca da escola, escolhi O estrangulador, igualmente fascinante. Outra história que me lembro bem foi de O ditador.

Há alguns dias comprei um exemplar de O estrangulador, tamanha minha vontade de ler outra vez. As histórias que citei possuem enredos bem menores do que outros livros consagrados do autor (como Se houver amanhã, O outro lado da meia-noite e Nada dura para sempre).

O autor descreve tão bem as cenas e os personagens que não há como não mergulhar na história. E a imaginação vai longe. Quando Tracy ardia em febre, pude visualizar
seus olhos mortiços, sua pele branca e seu corpo minando suor, prestes a desfalecer. Sheldon faz uma reviravolta em nossa mente e nos faz montar um verdadeiro filme na cabeça.

Na verdade, Se houver amanhã (If tomorrow comes, em inglês) se tornou uma minissérie americana e fez sucesso na década de 80. Dê uma olhada em uma cena memorável do livro, em que Tracy Whitney e Jeff Stevens se unem para passar a perna em dois renomados jogadores de xadrez - um belo golpe executado a bordo de um navio que ia da América para a Europa:


(Não consegui fazer o upload do vídeo, então só linkei. O vídeo está com áudio em inglês e legendas numa língua que eu não sei qual é - deve ser russo, sei lá -, mas a cena em si já deixa claro o que Sheldon escreveu).

Arte da capa da minissérie.

É claro que filmes ou minisséries saídos de um livro não ficam tão bons quanto o próprio. Até porque eles acabam por desfigurar a imagem que você mesmo havia feito dos personagens e das cenas como um todo. O fato de Sheldon falar sobre os detalhes que você precisa saber já é suficiente para que todo o cenário seja criado pelo leitor.

Recomendo.

domingo, 15 de agosto de 2010

Silêncio: rompa-o

Para muita gente, dormir num hotel é rotina. Já para mim, é algo novo. Aquela sensação de liberdade, de ser dono do próprio nariz, acaba vindo à tona num momento ou em outro. Mas, pra quem está acostumado a sempre ter alguém por perto, ver-se sozinho num quarto pequeno, sem muito o que fazer, é absolutamente tedioso. Hotel é maçante. Ainda bem que o café-da-manhã em conjunto existe, senão eu iria pirar. Detesto tomar café sozinha. Pode ser que as demais pessoas estejam numa mesa do outro lado do ambiente e nem olhem na minha cara, mas ao menos não estou sozinha ali, certo?

Descobri, com isso, que não suporto ficar sozinha por muito tempo. Descobri, também, que sei me comunicar com facilidade com pessoas desconhecidas. E descobri que falar um pouquinho mais pode resolver algumas situações. É tudo questão de se usar esta maravilhosa máquina que nos foi dada, uma das mais incríveis e importantes ferramentas do ser humano: a fala. É claro que não precisamos ser tagarelas, maritacas, linguarudos. Gente que fala pelos cotovelos acaba engolindo mosquito. Mas afundar-se no silêncio não é bom para ninguém - muito pelo contrário, aliás.

Com o avanço da tecnologia, as pessoas têm ficado cada vez mais quietas. Em uma viagem de ônibus, muitas se isolam em seu casulo musical e deixam a playlist de seu mp3 rodando em seus ouvidos enquanto tem alguém ao seu lado que poderia , quem sabe, se tornar seu amigo. Conversar pela internet também nos deixa mais calados. A não ser que você use web-cam e microfone em todas as suas conversas. Mesmo assim, nada se compara a um bate-papo real, o chamado olho-no-olho.


Pensando nisso tudo, acabei por me lembrar de um texto que Lya Luft (foto) escreveu para a Revista Veja (Coluna Ponto de Vista, ed. nº 2005, 25/04/2007, p. 24):



"A alma do outro é uma floresta escura", disse o poeta Rainer Maria Rilke. [...]

Nem todos os mal-entendidos, mágoas e brigas se dão porque somos maus, mas por problemas de comunicação. Porque até a morte nos conheceremos pouco, porque não sabemos como agir. Se nem sei direito quem sou, como conhecer melhor o outro, meu pai, meu filho, meu parceiro, meu amigo – e como agir direito?

[...]

Pensar sobre a incomunicabilidade ou esse espaço dela em todos os relacionamentos significa pensar no silêncio: a palavra que devia ter sido pronunciada, mas ficou fechada na garganta e era hora de falar; o silêncio que não foi erguido no momento exato – e era o momento de calar.

Mas [...] a gente não sabia. É a incomunicabilidade, não por maldade ou jogo de poder, mas por alienação ou simples impossibilidade. Anos depois poderá vir a cobrança: por que naquela hora você não disse isso? Ou: por que naquele momento você disse aquilo?

Relacionar-se é uma aventura, fonte de alegria e risco de desgosto. [...]

[...]

Somos todos pobres humanos, somos todos frágeis e aflitos, todos precisamos amar e ser amados, mas às vezes laços inconscientes enredam nossos passos e fecham nosso coração. [...]

Cabe a cada um de nós decidir, e isso exige auto-exame, avaliação. Posso dizer que sempre vale a pena, sobretudo vale a pena apostar quando ainda existe afeto e interesse, quando o outro continua sendo um desafio em lugar de um tédio, e quando, entre pais e filhos, irmãos, amigos ou amantes, continua a disposição de descobrir mais e melhor quem é esse outro, o que deseja, de que precisa, o que pode – o que lhe é possível fazer.

[...] Não há receitas a não ser abertura, sinceridade, humildade que não é rebaixamento. [...]

Seja como for, com alguma sorte e boa vontade a alma do outro pode também ser a doce fonte da vida".

Fonte: Revista Veja Online - Ponto de Vista - Lya Luft


O texto é tão verdadeiro que sinto uma dorzinha no peito quando leio. Diferentemente do que comentei no início do texto, a autora se refere à comunicação entre pessoas próximas - pais, amigos, irmãos, amantes. Mesmo assim, se nos dispomos a conversar com alguém que nunca mais veremos outra vez e nos interessamos pelas coisas que ela nos diz, muito maior deveria ser nosso interesse em ouvir o que aquelas pessoas que nos cercam rotineiramente têm a dizer. Contudo, isso raramente acontece exatamente porque nos acostumamos a elas e achamos que as conhecemos. É aquela velha história: o novo é o que nos interessa. O desconhecido é que nos excita. De qualquer forma, se não conhecemos de fato as pessoas que nos rodeiam, elas são desconhecidas. Sendo assim, deveríamos nos motivar a conhecê-las antes que não estejam mais por perto...

sábado, 14 de agosto de 2010

Equilíbrio: chave para viver mais e melhor

Resolvi dar uma cara nova pro meu blog. O pobrezinho, aliás, está às moscas. Não escrevo há mais de um mês - e tenho bons motivos para isso. Minha vidinha pacata deu um up de uma hora pra outra e aquela conversa de psicóloga e blablabla ficou para trás. Não é fácil falar disso, já que muita gente simplesmente não acredita. Mas a verdade é que a vida espiritual de uma pessoa pode mudar muita coisa. Outro dia mesmo estava lendo uma matéria na revista Saúde a respeito disso: a é importante para a saúde - um de seus efeitos é o aumento da defesa do organismo.

Falar de fé, religião, espiritualidade é algo que não costumo fazer. Evito discussões em cima desse assunto porque sei que as opiniões são diferentes. Contudo, tenho a minha crença e não gosto quando pisam nela. Não gosto quando zombam, quando satirizam, quando falam que não vale de nada. Se quem não acredita em nada exige respeito, penso que eu também tenho direito de exigi-lo.

A fé é algo individual, indivisível. A pessoa tem ou não tem. Aquela que tem fica achando que a outra deveria ter. E quem não tem, acha que todos os que têm são loucos de pedra. Mesmo assim, se está cientificamente provado que uma vida espiritual engrenada faz bem pra saúde, acreditar em algo pode ser mais vantajoso. Sou prova viva de que tal afirmação é verdade. O equilíbrio entre a vida espiritual, a saúde física e a mente é o segredo para viver mais e melhor.

Buscando esse equilíbrio, resolvi entrar também numa academia. Enquanto cuido do corpo, a mente se esvazia, e eu posso relaxar. Com a mente tranquila, cuido da minha espiritualidade. Com a crença em dia, a mente fica menos vulnerável a entrar em colapso por causa de pensamentos carregados de negatividade. Com a mente saudável, arrumo ânimo para cuidar do corpo. E aí o ciclo se completa.

Tudo isso se reflete na maneira como agimos no cotidiano, no relacionamento com a família, os amigos e os colegas de trabalho. E até com os estranhos. Ficamos mais abertos a conhecer gente nova e a conversar com quem nunca vimos antes. Conseguimos sorrir mais e isso faz com que recebamos mais sorrisos também. E pode ser aí que um possível relacionamento amoroso aconteça. Afinal, quando uma pessoa está exalando bom-humor, positividade, ânimo, disposição, e ainda solta sorrisos por aí, outras podem perceber tudo isso com facilidade e o desejo de se estar próximo a alguém assim se torna uma ideia animadora.

É claro que tudo isso não se cria sozinho. A pessoa deve estar apta a fazer com que as coisas melhorem. De nada adianta correr 10km na esteira e não acreditar que seu corpo está perdendo calorias. De nada adianta ficar meia hora de joelhos fazendo orações e não acreditar que Deus está lhe ouvindo. Então, meu caro leitor, se você quer dar um up na sua vidinha pacata também, dê uma pausa, analise o que precisa ser mudado e elabore seu plano. Mas siga-o à risca, senão você estará traindo a si mesmo e não chegará a lugar algum.

Good luck!

segunda-feira, 2 de agosto de 2010

Declaro-os maduros

Há algum tempo, estava eu com meu celular e fones de ouvido plugados para ouvir rádio e pegar no sono - ou ao menos tentar. Entre uma e outra estação, acabei sintonizando um cara falando de finanças. "Muito bom", pensei eu, afinal, nisso que eu estava pensando mesmo. Fui ouvindo e me deparei com uma palestra. Logo pude ver que era uma palestra motivacional. Vinda de um pastor chamado Anésio (ou Anézio, sei lá). Eu geralmente mudo de estação, mas eu já estava curiosa pra saber o que ele estaria falando e onde queria chegar com todas aquelas argumentações. Fui ouvindo.

E sabe, foi ótimo. Eu precisava ouvir umas coisas vindas de um completo estranho e que atingiam exatamente as minhas necessidades. Eu já vinha pensando muito sobre algumas coisas, mas acabei por me motivar a fazê-las, a colocá-las em prática.

O tal pastor falou de finanças, de saúde e bem-estar, de família, de vida amorosa. Quando falou de casamento, leu o seguinte texto, escrito por Martha Medeiros (seria uma prima distante??), colunista da revista Cláudia:


"Em maio de 98, escrevi um texto em que afirmava que achava bonito o ritual do casamento a igreja, com seus vestidos brancos e tapetes vermelhos, mas que a única coisa que me desagradava era o sermão do padre. 'Promete ser fiel na alegria e na tristeza, na saúde e na doença, amando-lhe e respeitando-lhe até que a morte os separe?' Acho simplista e um pouco fora da realidade. Dou aqui novas sugestões de sermões:

- Promete não deixar a paixão fazer de você uma pessoa controladora, e sim respeitar a individualidade do seu amado, lembrando sempre que ele não pertence a você e que está ao seu lado por livre e espontânea vontade?
- Promete saber ser amiga(o) e ser amante, sabendo exatamente quando devem entrar em cena uma e outra, sem que isso lhe transforme numa pessoa de dupla identidade ou numa pessoa menos romântica?
- Promete fazer da passagem dos anos uma via de amadurecimento e não uma via de cobranças por sonhos idealizados que não chegaram a se concretizar?
- Promete sentir prazer de estar com a pessoa que você escolheu e ser feliz ao lado dela pelo simples fato de ela ser a pessoa que melhor conhece você e portanto a mais bem preparada para lhe ajudar, assim como você a ela?
- Promete se deixar conhecer?
- Promete que seguirá sendo uma pessoa gentil, carinhosa e educada, que não usará a rotina como desculpa para sua falta de humor?
- Promete que fará sexo sem pudores, que fará filhos por amor e por vontade, e não porque é o que esperam de você, e que os educará para serem independentes e bem informados sobre a realidade que os aguarda?
- Promete que não falará mal da pessoa com quem casou só para arrancar risadas dos outros?
- Promete que a palavra liberdade seguirá tendo a mesma importância que sempre teve na sua vida, que você saberá responsabilizar-se por si mesmo sem ficar escravizado pelo outro e que saberá lidar com sua própria solidão, que casamento algum elimina?
- Promete que será tão você mesmo quanto era minutos antes de entrar na igreja?

Sendo assim, declaro-os muito mais que marido e mulher: declaro-os maduros".

(Texto retirado do blog Palavras, todas palavras.)


Muito interessante o texto. Fala exatamente do que está faltando nos casamentos da atualidade. Conheço um casal em que o homem trata a mulher como um carro. Isso aí, um carro. Ele diz que arrumou a lataria, deu uma turbinada, porque "ninguém merece carro velho". Outro casal que conheço parece ter feito filhos no susto, como se fossem animais que de repente dão cria. Até aí tudo bem, muita gente tem filhos sem esperar. Só que eles não pareciam estar preparados para ter 3 filhos e os pobrezinhos estão ficando à mercê da vida, sem preparo nenhum para tal. Já ouvi histórias também de homens que no namoro eram ovelhas e que viraram lobos depois do casamento. Enfim, a percepção de Martha para listar pontos importantes de comportamento dentro do matrimônio é realista e objetiva. Concordo com ela.


Tá certo que algumas palavras não soariam com cara de "cerimônia" matrimonial (entre aspas mesmo, porque realmente é AQUELA cerimônia). Não consigo imaginar um padre ou mesmo um juiz perguntando ao casal se eles prometem fazer "sexo sem pudores", na frente da família toda, desde a vovó ao priminho pentelho de 10 anos - que a esta altura não pergunta ao pai o que é "sexo", mas qual o significado da palavra "pudores".


Mesmo assim, os noivos poderiam ler tal mensagem antes do casório, até mesmo pra que repensem no sentido do mesmo. Deveriam é colar a mensagem na cabeceira da cama, pra nunca mais esquecerem. Afinal, casais que convivem há 25 ou 50 anos não devem deixar morrer os eternos namorados que costumavam ser nos anos iniciais de matrimônio. E isso não quer dizer que devam "batizar" todos os cômodos da casa todos os dias ou com tanta empolgação como antes. Mas que o carinho, o respeito e a admiração continuem vivos - e até maiores e mais intensos.


O que impede um homem casado de trazer uma flor à sua esposa? O que impede de uma mulher passar o dia no salão de beleza para agradar ao marido? O que os impede de sentar no sofá e conversar por horas a fio? O peso da idade pode influenciar em sua vivacidade, mas não no amor que um sente pelo outro. Na verdade, esse amor deveria aumentar a cada dia.


Muitos são os motivos para o fim dos casamentos, mas a falta de respeito pode ser citado como um dos principais. Se todos fizessem como Martha escreveu, muitas brigas seriam evitadas. E, com isso, o fim da vida a dois também seria mais difícil de acontecer.

quinta-feira, 10 de junho de 2010

O verdadeiro sexo frágil

Há algum tempo, li uma matéria no Yahoo sobre o que uma mulher pode fazer com um pobre homem. E aí eu me convenci de que não passamos de meras vítimas de nossos própios corpos. Os hormônios são substâncias incríveis que podem mudar nosso comportamento de um instante a outro. Hoje mesmo uma descarga de adrenalina tomou conta de mim quando tropecei num tapete de casa e quase caí. No momento da quase-queda, a adrenalina entrou em cena tentando me alertar do perigo de plantar a cara no chão. O resultado foi um aumento repentino no ritmo cardíaco, pernas bambas e aumento da temperatura corporal. Tudo isso assim, num instante.

O texto abaixo, por sua vez, fala do hormônio cortisol, que é produzido pelas glândulas supra-renais e está associado ao estresse, que pode ser de natureza física ou psicológica.


Beleza feminina eleva nível de estresse nos homens
Níveis do hormônio cortisol sobem, afetando a pressão arterial e o coração

Por Minha Vida

Uma mulher bonita seria capaz de abalar a saúde emocional e física dos rapazes? Tudo indica que sim. De acordo com cientistas da Universidade de Valência, na Espanha, e seus colegas da Universidade de Groningen (Países Baixos), a beleza feminina pode elevar o nível de estresse e prejudicar a saúde do coração dos homens.

Para chegar a este resultado, cientistas avaliaram 84 estudantes do sexo masculino da seguinte maneira. Os participantes recebiam 20 dólares e deveriam resolver testes de sodoku. O local do exame era uma sala, na qual os envolvidos entravam acompanhados de um dos cientistas e de uma mulher bastante atraente, que simulava também estar lá para resolver os problemas do jogo. Em um determinado momento, o pesquisador saía da sala sob algum pretexto e o casal era deixado sozinho.

Ao examinar a saliva dos candidatos, os pesquisadores concluíram que basta cinco minutos com uma estranha atraente para os níveis do hormônio cortisol subirem. Em pequenas doses, o cortisol tem efeitos positivos, mas em elevados índices pode provocar uma baixa nas defesas do organismo, além de problemas cardíacos, diabetes, hipertensão e até impotência. Ou seja, o nível de cortisol, que é um hormônio associado à resposta ao estresse e que aumenta a pressão arterial e a quantidade de açúcar no sangue cresce quando um homem se vê diante de uma bela desconhecida. A conclusão dos estudiosos é que para muitos homens a situação se mostra como uma oportunidade de conquista, criando ansiedade, taquicardia e elevando o cortisol.

Outro recente estudo, realizado pela Universidade de Radboud, na Holanda, sugere que os homens "perdem a cabeça", quando estão na presença de uma bela mulher. De acordo com os cientistas, o público masculino usa uma porcentagem tão grande da sua função cerebral ou de seus recursos cognitivos para impressionar a mulher que ficam restritos para realizar outras tarefas, por mais simples que elas sejam.

Fonte: Yahoo Minha Vida



Não é à toa que um homem fica bobo quando se vê diante de uma bela mulher, principalmente se for desconhecida. Em qualquer evento que aglomere pessoas e que a "azaração" seja liberada, pode-se obervar situações como a descrita na matéria. Por isso, se você for mulher, lembre-se que o pretendente que está fazendo gracinhas e falando bobagens está sob os efeitos do cortisol e que ele não tem absoluta culpa por parecer um bobo só para lhe impressionar. Aliás, veja isso como um elogio indireto e inconsciente da parte dele, já que, como foi frisado na pesquisa, a homarada perdeu a cabeça quando esteve perto de uma linda mulher. Agora, se você for homem, só lhe resta concordar com a pesquisa, admitir que você está sujeito a uma situação parecida e que o emblema "sexo frágil" não se aplica somente às mulheres.

quarta-feira, 12 de maio de 2010

Eu e meu sonhado óculos de sol

Há uns dois meses, passando na frente de uma vitrine, vi alguns óculos da Ray-Ban e da Gucci em promoção. E sabe como mulher a-do-ra promoções, né? Parei, olhei, e acabei encontrando um óculos do jeitinho que eu queria. Marrom com detalhes em dourado. Lindo! Tudo bem que era paraguaizão, mas pouco me importava. Aliás, o precinho acessível foi o que mais chamou a atenção.

Mesmo assim, eu tava sem grana na hora, então deixei minha compra para o outro dia. No outro dia, não deu pra ir lá comprar. E assim se passaram alguns dias, e eu naquela angústia de adquirir logo aquele óculos. Ainda mais por ele estar na vitrine, todo mundo pode vê-lo. E se alguém comprar antes de mim? Acabei sonhando com isso tudo e eu comprei o almejado óculos no meu sonho. Quando acordei, pensei que naquele dia eu compraria meu sonho de consumo. De manhã mesmo corri até a loja e voilá. Ficou mega-super-power perfeito. E agora era meu! Saí da loja contente e satisfeita.

Aposentei meu óculos preto normalzinho e passei a usar o meu pequeno tesouro. Ano passado foi um sufoco monetário e isso me impediu de comprar um modelo que eu tanto queria. Cheguei a ver lojinhas de beira de rodoviária, na expectativa de ter um daqueles óculos de modelos europeias. Mas como sempre, a grana curtíssima - e muitas vezes contada pra pegar o busão de volta pra casa.

Há dois domingos fomos a um almoço de família. Fazia muito tempo que não nos juntávamos assim, e mesmo eu estando extremamente desanimada, quis estar presente. Fazia muito tempo também que eu não ia até aquela chácara. Cheguei de mãos abanando, mas com meus óculos no rosto. Deixei-o em cima da mesa, afinal, não queria correr o risco de vê-lo se espatifando no chão. Almoçamos. E aí já sabe: domingo é um dia danado de bom pra tirar uma sonequinha. Conversa vai, conversa vem, e o sono foi chegando. Ainda mais depois de um banquete daqueles - comi feito nortista que acabou de chegar em São Paulo. Minha irmã precisava estudar e também queria dormir um pouco. Resolvemos ir embora. Como eu sou muito cabeça-de-vento, esqueci a única coisa que eu havia levado pra lá. Quando chegamos em casa, avisei meu pai (que tinha ido nos levar pra casa) que meu óculos tinha ficado em cima da mesa e que era pra avisar a mãe. Frisei bem o recado e pedi pra que ele não esquecesse. Mas conhecendo meu pai, eu sabia que ele esqueceria. Por isso mesmo falei pra ele avisar a mãe, porque ela não esqueceria.

O óculos ficou lá, junto com as coisas do meu tio e do meu primo. Fiquei tranquila porque sabia que estava seguro ali. Mas acabou que os dias se passaram e eu não avisei minha tia que meu óculos tinha ficado lá. Mesmo assim, eu estava certa de que ele estava bem guardado.

Acontece que a irmã do meu tio estava passeando e estava alojada na casa deles. Nunca vi essa mulher na minha vida e se já vi, não me lembro. Ela é de Rondônia ou Roraima, sei lá, só sei que é de longe e só vem de vez em nunca pra cá. Minha tia havia juntado todas aquelas coisas de cima da mesa da chácara e levou pra casa dela. Até aí tudo bem, eu sabia que ela faria isso. Mas ninguém sabia de quem era o óculos misterioso.

Meu tio achou que era da irmã dele. E aí ele foi cheio da boa-vontade dizer a ela que havia esquecido seu óculos em cima da mesa. De certo ela não reconheceu um objeto pessoal dela e achou que era MESMO o óculos de sol dela, né? Ou então pode ser que ela estava com conjutivite e não enxergou direito, pobrezinha.

- Ah! É mesmo! Nossa, que cabeça a minha, né? - disse ela, toda fingida. Posso até imaginar a cara dela, mesmo que eu nunca a tenha visto.

E meu tio, todo inocente, achou que tinha finalmente achado a dona daquele óculos bonitão. No outro dia, a malandra foi embora e levou junto seu novo óculos de sol marrom com detalhes em dourado. Legal, né?

Depois, numa conversa de telefone sem esse intuito, minha mãe disse pra minha tia sobre o óculos (viu só? minha mãe não esquece!). Aí minha tia ficou pasma e contou a história pra minha mãe que, por sua vez, contou pra mim e me deixou pasma também. Bom, mas pelo que sei, minha tia vai ligar pra sua amada cunhada e descascar o abacaxi. Quero só ver no que vai dar. Enquanto isso, fico eu aqui me mordendo de raiva de gentinha como essa e por ter que ficar sem meu óculos tão sonhado.

GRR!