segunda-feira, 26 de abril de 2010

2012

Falemos do filme 2012. Não tive a oportunidade de assistir nas telonas, então baixei e assisti aqui mesmo no meu pc. É claro que não é a mesma coisa, mas deu pra perceber muito do que o filme quis passar.

Seu estilo apocalíptico chama a atenção de pessoas que são fãs dele, que pode ser encontrado nos filmes O dia depois de amanhã e Independence Day. Para quem morre de medo de tudo isso e é muito impressionável, não recomendo nenhum deles. Minha irmã mesmo passou mal ao assistir O dia depois de amanhã, e nem viu até o fim. Tem gente que não se impressiona muito, eu mesma não fiquei muito horrorizada e aproveitei pra curtir os efeitos visuais, tanto quanto pra torcer pela sobrevivência dos personagens principais. Mesmo assim, consegui captar algumas mensagens que o diretor Roland Emmerich quis passar. 

A primeira delas foi a supremacia norte-americana. Tudo bem que ela é fincada em todos os filmes que vêm de lá, mas nesse fiquei até com raiva. Países mega-desenvolvidos da Europa e da Ásia eram apenas alguns rostos por ali, sendo que todos eles representavam a elite. Até aí tudo bem, porque todos os outros países tinham combinado assim - salvar os cheios da grana e só. Só que eles eram comandados pelos EUA, sendo que o próprio presidente americano nem estava lá. Esse poderio estadunidense demonstrado no filme só me deu raiva.

Outra coisa que ficou bem clara, pra mim, foi a tentativa de jogar o Cristo Redentor no chão. Ok, eles fizeram isso. Mas a mensagem que isso me passou foi de que Jesus Cristo estava caindo e que sua volta não era o motivo para o mundo acabar, mas sim as catástrofes naturais. O engraçado foi que eles acabaram misturando as duas coisas no final: três arcas feitas de material resistente. E Noé nem levou os créditos. E onde foi que as arcas chegaram? À África, onde supostamente a humanidade nasceu. Ou seja, uma mistureba.

Dentro desse mesmo aspecto, entra a cena da morte de cardeais no Vaticano, ountamente com a aparição do Papa ante os fiéis e posterior destruição de tudo por ali, o que nos remete à queda da Igreja Católica. Achei bizarro quando a fissura chegou ao teto e passou exatamente entre os dedos de Deus e de Adão na pintura de Michelangelo ("A criação de Adão"). Deu a entender que estava havendo uma separação entre Deus e os homens, ou que não existe ligação entre Deus e os homens, ou mesmo que tentar se ligar a Deus seria bobagem frente às catástrofes que estavam acontecendo.

Uma coisa é certa: o filme pode nos prender aos efeitos visuais, à grandiosidade estabelecida pelas catástrofes, e até mesmo à tristeza de saber que isso tudo está acontecendo (mesmo em menor magnitude), e por todo esse turbilhão de emoções aflorando enquanto o assistimos, acabamos por não pensar muito sobre o que ele fala. Mas na primeira noite que você coloca sua cabeça no travesseiro, depois de assisti-lo, tudo o que você viu volta à sua mente, faz você pensar em tudo isso durante alguns dias e até mesmo correr atrás de informações a respeito. Aconselho não se informar tanto, principalmente através do Google. Ao invés disso, aproveite sua vida antes que 2012 chegue (hê hê).

1 comentários:

Unknown disse...

e como sempre, um americano salva o mundo. THE END

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